sexta-feira, junho 15, 2007

Funny taste in my head

Tenho uma queda para o Indie, a minha última favorita é a nova-iorquina Ingrid Michaelson, album Girls and Boys, uma coisa em que tropecei no último episódio da minha querida Grey.
O Keep Breathing e The Corner of your Heart são lindos mas este Die Alone assumiu o controlo da minha cabine com rodas.
«I woke up this morning with a funny taste in my head.
Spackled some butter over my whole grain bread.
Something tastes different, maybe it's my tongue.
Something tastes different, suddenly I'm not so young.
(...)
I never thought I could love anyone but myself.
Now I know I can't love anyone but you.
You make me think that maybe I won't die alone.
Maybe I won't die alone.»
(from Die Alone, Girls and Boys, Ingrid Michaelson)

Carlitos e professores

Fui obrigada a rir-me de resignação ao ler O Sexo e a Cidália do último Sábado. Em paródia aos gays que se fecham no armário, dizia a certa altura:
«Há mais Carlitos no mundo do que professores colocados.»
Tão verdade.

terça-feira, abril 24, 2007

Diário de uma Plebeia (dia 5)

Langford - Bristol - Bath - Bristol - Langford

Hoje o dia começou aos trambolhões, cheios de sono e cheios de ouvir a chuva a bater-nos na janela. Os brits não se incomodam, não são duas pinguinhas que lhes vão estragar este Verão de Abril, e as britas continuam em caveadas e alcinhas (tsss, tsss, tsss,...)
Ganhámos coragem, saimos da cama, vestimos o exemplar de roupa quente que trouxemos e apanhámos o autocarro para Bristol. Parámos para deixar o pato atravessar a estrada - os nativos têm prioridade. Pronto, já tá, adeus bichinho! Vamos para Bristol.

Em Bristol vamo-nos dando conta de rasgos de civilização quando vemos estacionamentos de bicicletas completamente lotados. Paramos no mercado para comer uns pasteis de nata e beber um cafe. Ah pois..., aqui há uma tasquinha de comida portuguesa e as diárias até contam com um arrozinho de feijão bem malandro (ou não fosse ele português).
La foram a bela da nata e o café, expresso, pois com certeza. E nós fomos até à coach station apanhar o autocarro para Bath, a cidade dos banhos romanos, fundada em 43.
Primeira visita da terra:Bath Abbey, a última grande igreja gótica de Inglaterra, fundada em 1499, pelo Bispo Oliver King, que teve um sonho em que o mandavam arrasar a catedral normanda (de 1090), a qual ja tinha sucedido a uma igreja anglo-saxónica de 757... Enfim, A história da Igreja em Bath a meter muita água, ao estilo de uma novela mexicana. Tenham cuidado com o que sonham...
À entrada, um convite a que deixemos 3 libras para ajudar a manter a abadia bonita e arranjadinha e um mordomo muito simpatico que nos entrega uma visita guiada em papel pela Abadia, com todos os pormenores historicos, em português - um luxo. A igreja tem lugar para 1200 pessoas, sentadas. Os altares são em tecido bordados com... tecidos. A meio, o púlpito, cheio de pormenores e dourados e a sua melhor amiga, a senhora que o limpa três vezes por semana durante três horas.

À saída da abadia,a necessidade de calar o estômago. Lanchámos mesmo ali na praça: uma baguete a libra e meia e uma cola a 50 pence (podem fazer as contas, mais barato do que por Portugal, sim... - mas só fora de Londres), e como música de fundo o barbas e a sua guitarra cantavam-nos o country road e ainda nos fez uma vénia para agradecer a ajuda nos refrães.
Faltava fazer a visita principal: Bath - Banhos Romanos. Lá perdemos amor a dez libras e fomos ver a obra que os romanos, nossos primos, cá fizeram em 43. Três piscinas de água quente com tamanho suficiente para muitas braçadas ao mesmo tempo. A minha preferida foi a piscina redonda. Nada erótico na escolha: é que a piscina estava carregadinha de moedas (era a piscina dos pedidos, tipo fonte dos namorados)... e se tivermos em conta que cada moeda de duas libras sao três euros, digamos que aquela piscina apinhada era-me terapêutica até sem a água termal...
Os montinhos de tijolos aqui ao lado foram o regalo do jójó. Isto são os pilares da civilização do piso radiante. A água termal passava por ali e acima dos tijolinhos o chão estava óptimo para se andar descalço depois dos mergulhos.... (uns visionários estes romanos, nós sabemos.)
A volta foi atribulada. começou a chover. O autocarro atrasou-se um bocadinho e o nosso outro autocarro (último, sublinhe-se) quase, quase a sair. Conseguimos entrar, mas não sem antes ouvirmos um raspanete de todo o tamanho sobre entrar em autocarros em movimento (se fosse um avião morríamos!!) e além disso o sr. motorista também já estava «muito atrasado, três minutos atrasado»!
Descobrimos que em Portugal nem tudo é mau e até sabemos para onde vão os autocarros quando são demasiado velhos para as nossas estradas (qualquer desfocagem tem a ver não com a máquina, mas com o facto de o referido meio de tranporte abanar por todos os lados).
Chegámos a casa, jantámos, fomos ao pub (hoje fechou tarde - às onze) e cama.
Amanhã é outro dia.

segunda-feira, abril 23, 2007

Diário de uma Plebeia (dia 4)

Langford (unidade de estudo de agro-pecuária, dentro e fora)


Hoje o dia começou mais tarde. Nao tivemos tempo de dizer bom dia a ninguém. Quando decidimos sair da cama já todos os Ben's da terra tinham rodado os braços uma quantidade de vezes. Tempo de fazer o almoço. A trabalhadora cá do sítio e nossa mui honrada hospedeira chegava depois da uma para almoçar. Pus-me de serviço à cozinha. Hoje a comida continua a ser portuguesa. Até sopinha há.

Depois do almoço decidimos usufruir da hospitalidade da unidade e aproveitar as bicicletas que têm à disposição para conhecer as redondezas. Planícies muito grandes, muito verdes, com muitas vacas de todas as cores, com muitas ovelhas (estas são brancas também), muitos coelhos, muitos corvos, muitas casas muito tipicamente inglesas e... country.
Atenção!! pela esquerda, pela esquerda... E quando achamos que o cérebro já se habituou eis que a donzela se atravessa no cruzamento pela direita com um carro de frente! «Ó senhor, tenha calma, que eu sou estrangeira!»

Voltamos ao campus.
Passámos de bicicleta pelo corredor dos animais e aproveitámos para dar palha e festinhas aos cavalos (aos simpáticos, que alguns estavam armados em cavalos de corrida...). E dar duas de treta com os porcos, quer dizer, leitões... Consegui pô-los todos a conversar comigo, eles também já devem estar fartos deste dialêto estrangeiro. Saudades da bairrada com certeza...

Bicicletas de volta à gaveta, voltámos à cozinha, cansados por um dia passado totalmente em green acres. Ao jantar,vinho italiano a regar a conversa. Isto de estar num campus multicultural tem as suas vantagens....

Amanhã é outro dia.
(Este relato está a ser completado em homenagem aos fellow-travelers. Há coisas que não podem deixar de se recordar. E mais vale tarde que nunca.)

domingo, abril 22, 2007

Diário de uma Plebeia (dia 3)

hotel - centro - Bristol - Langford

Depois dos banhos, o pequeno-almoço, com direito a bacon, ovos, salsichas, feijao, tostas, cereais, compotas... Cereais tá de bom tamanho para nós que temos o estômago sensivel, mas hoje decidi arriscar no ovo estrelado também.
Hoje é dia da maratona de Londres. Embora ainda tenhamos de olhar para o mapa antes de pedir licença aos pés para andar, a coisa começa a rolar. Evitámos os autocarros e fomos feitos toupeiras até ao Palácio de Buckingham onde a union jack avisa que a rainha tá lá hoje... Também, hoje é dia da maratona...
Deu para ver que aquilo dos guardas é mito. Ou então estava a ser literalmente «chato» o guarda real ficar quieto...

Mais um passeio pelo parque e rumamos ao Tate Modern Gallery para dar uma de cultidão. No meio de muita arte mal compreendida por estes que leigos se confessam lá encontramos algumas peças que nos obrigam a reconhecer que isto de fazer arte não é para qualquer artista...

Mesmo ao lado, o Shakespeare Globe Theatre, e hoje era o aniversário do senhor. Bilhetes à borla para conhecer o sítio. Visita guiada e espectáculo incluído. E, surpresa das surpresas, até fui actriz por um dia. Retirada do público vesti num minuto a pele da freira Elizabeth, por quem o padre de serviço estava apaixonado. Momento único para mais tarde recordar. Há coisas que nem combinadas corriam melhor.

Do resto do dia nao há codaques a certificar. Corrida a recolher as malas do hotel. Corrida muito sofrida para chegar a victoria coach station onde o bilhete de autocarro para Bristol já estava comprado. Duas horas e meia de autocarro-sauna para Bristol. Mais três quartos de hora de autocarro e taxi de Bristol para Langford, uma unidade de estudo de agro-pecuária perdida no meio do countryside. Jantar (comida que lhe mereça o nome finalmente), cavaqueira, bolo de chocolate (um convite para provar que resulta na devoração quase ate à ultima migalha do doce), o primeiro café-café desde que chegámos à terra deste dialêto americano, e cama.

Amanhã é outro dia.

sábado, abril 21, 2007

Diário de uma Plebeia (dia 2)

hotel - centro - hotel - ... hotel

O dia começou com a aquisição do bilhete para os tais autocarros em que se apanha vento na montra, trocámos o tubo pelo sol e descobrimos que na terra dos brits qualquer motivo é legítimo para manifestação, seja para pedir mais chocolate no cafe, que o pagamento de impostos nao seja hereditário, ou até para reivindicar que o Ben se passe a chamar Charlie.

A viagem no bus é alternada com um cruzeiro no Tamisola. Uma viagem embalada no rio que tem marés para apreciar as vistas para os principais pontos turísticos e tomar consciencia que o novo e o velho em Londres se combinam de uma forma que nos faz pensar que alguns prédios na lusa terra caíram de paraquedas nas zonas históricas.
Aqui, o sightseeing é delicioso. Até os bichinhos gostam.

Algumas badaladas impõem-nos mais respeito que as do Ben. O estômago dá horas nos arredores da Torre de Londres e é mesmo ali ao lado da fortaleza que decidimos petiscar um dos pratos da terra. Chicken and Chips servido por uma senhora espanhola que praticamente nos implorou que falassemos em português por estar saturada desta maneira «esquisita» de falar. Ali almoçamos enquanto o toldo para protecção das obras na torre anunciava que estavam «giving the palaces the care they deserve». Manias... Acertamos em cheio com a visita à torre. Preparadinhos ao lado estavam os canhões para 62 salvas de palmas para o aniversário da rainha. A lisa faz anos. Felicidades para a lisa. BUM!

Ao fim de dois dias em Londres já nao é qualquer veículo motorizado que nos chama a atenção. Vemos três porches (carrera + carrera + carrera gt) a arrancar dos semáforos ao mesmo tempo e até já nos parece normal, mas ainda não tínhamos à vontade suficiente para fazer de conta que uma limusine hummer era uma coisa banal.... É muito triste ser pobre. E eles teimam em lembrar-nos disso.

Estas maratonas fazem-nos lembrar de que somos humanos e que a nossa preparação física não está lá aquela coisa. Vemos o Hyde Park e agradecemos a deus os bifes serem tão dados a parques e a dias passados nos parques, e a piqueniques nos parques e jogos de futebol, e basebol, nos parques, e até bronze nos parques. Entramos em período económico por uns minutos e quando o frio veio planeámos ir a casa descansar um bocadinho e comer qualquer coisa para depois voltar ao centro e curtir a noite...
A intenção era boa.

Amanhã é outro dia.

sexta-feira, abril 20, 2007

Diário de uma Plebeia (dia 1)

Stansted - metro - «hotel» - centro - «hotel»

Com os pés ainda dentro do aeroporto, já em solo estrangeiro, a compra dos bilhetes mais apropriados para chegar ao destino é a primeira luta. Tudo quanto é brochura vai parar à mala e a viagem pouco a pouco transforma-se num circuito de transporte e acumulação de pesos. Mapa do metro feito num oito, quase decoramos as estaçoes do tubo antes de passarmos sequer por elas e demoramos uma hora a encontrar o hotel embora estivesse mesmo ali ao lado... Um casarão lindo por fora e velho por dentro, com uma senhora certamente da familia Adams, mas que primava pela simpatia. E o sítio era pobre, mas aconchegado. Jeitosito.
Instalados, aproveitámos o sol para encetarmos a conquista ao centro de londres.

Autocarros de dois andares, taxis de todas as cores de uma marca que só pode ser a marca «taxis de londres», casas-em-linha multiplicadas ao infinito em contornos sobretudo victorianos, e ao fundo o grande Ben... Outras das atrações da terra são os ferraris, os maserattis, os mustangs, as limusines e outros topos de gama que se clonam como se saissem nos corn flakes, a ponto de até a policia de passear em bmw. O pessoal por aqui trata-se bem.

Mais umas voltinhas a pé pela praça Trafalgar, as Câmaras do Parlamento, o olho de Londres e o rio Tamisola.... e o frio. Altura de recolher. Jantar, só no Mac. Único estabelecimento aberto às 22h.

Na viagem para «casa» deu para ver mais uma das características não ditas dos londrinos. Parece que desde os ataques bombistas eles têm medo de caixotes do lixo espalhados. Como resultado, ao final do dia, a cidade transforma-se numa confusão de jormais desmembrados e pacotes vazios... um esforço deles para que nos sentíssemos em casa, talvez...

Amanhã é outro dia.

segunda-feira, abril 09, 2007

Brainstorming

àqueles que, com o tempo, se mostraram tao amigos assim
(para f.)
Sim, claro que vou. Nada me faz deixar de ir. Gosto muito de ti. De vos. Sei que é recíproco. Que tambem gostam de me ter por perto. Não podia deixar de estar com quem tem tanta consideração por mim. O ouro é de se manter e vocês são, no momento, uma grande fortuna. Garimpeira de sorte que eu sou. Gosto de voces até quando falam de mim. Sei que é por me desejarem o melhor. E sempre que precisem de mim, eu estou aqui.

sexta-feira, abril 06, 2007

Afiar os dentes

Dizem que se deve ir ao dentista uma vez por ano. Diz-se o mesmo de outras variedades da medicina. O que é facto é que eu posso ver mal e ter uns olhos bonitos, mas com os dentes a coisa pia mais fino. Os dentes influenciam no aspecto geral de cada um e até (peço desculpa se a imagem for pouco apelativa) no cheiro de cada um. Eu gosto de apreciar dentes. E sorrisos. Não sou um exemplo no que diz respeito às visitas ao tal estomatologista, mas tenho sorte. Tenho a boca cheia de dentes, mais ou menos bem alinhados, que nunca me deram problemas de maior. Não sei o que é uma dor de dentes (assim fosse com as de cotovelo).

Dizem que a saúde é uma grande riqueza e estúpidos seríamos se não concordássemos. Os dentes também são uma riqueza. Até marfim têm. E o marfim sempre foi objecto de cobiça. Claro que ninguém olha de inveja para a boca mais preenchida de outrém a pensar «Aquele é que tem marfim!... eu não tenho quase marfim nenhum...», mas é cobiça.

Época houve em que o comércio do marfim estava em voga, era mais uma maneira de usufruir das riquezas tribais. Ontem fizeram-me pensar nisso mais a fundo, em A Frente do Progresso, do polaco Joseph Conrad, uma espécie de Apocalipse Now trazida para o palco do Teatro Carlos Alberto. Um entreposto comercial plantado ao sol no meio de mosquitos e de uma tribo enganada pelo tempo. O objectivo: conseguir marfim. O marfim era conseguido através de justíssimas trocas directas com os indígenas, justíssimas porque é justo que o marfim seja entregue a quem o quer. E era. Marfim, mais de gente do que de animais, entregue mais a animais do que a gente.

segunda-feira, abril 02, 2007

Optimismos

Acredito que o mau maior defeito e a minha maior qualidade são um só: o optimismo.
Prefiro ser sempre optimista. Não tenho um motivo racional para isso. Mas acho que devo sempre acreditar, devo esperar, devo empenhar-me ao máximo, devo ser a pessoa mais activa no meu projecto de vida em qualquer frente. E acabo por exigir dos meus amigos o mesmo, ou pelo menos impelir a isso todos aqueles a quem muito desejo. Isso nao garante que as coisas cheguem a bom porto, é certo, mas acredito que é assim que deve ser.
Encontrei numa série televisiva alguém que expressa isto de uma maneira muito minha:

«I believe in the good (...) I believe in a lot of things. (...)
I believe that if I eat a tup of butter and noone sees me, calories don't count. (...)
I believe we will survive,
I believe that believing we survive is what makes us survive.»

Grey's Anatomy, Season 3, Episode 16 (Izzie)

quinta-feira, março 29, 2007

A Saúde está doente... e independente

Não, não acontece só aos outros.
Não me agradam as notícias das filas de espera, as manobras de pseudo-baixa de preços dos medicamentos, o fecho de maternidades, de SAPs e de unidades de apoio à saúde em geral.
Curioso como fecha tudo, mas as farmácias continuam a nascer como cogumelos no orvalho. Deve ser uma espécie de lei da compensação. Como não posso pedir aconselhamento, aconselho-me eu e que uma força de maior poder me auxilie.

Tenho em crer que a seguir esta política de que 'pouca gente não vale uma unidade de saúde aberta' qualquer dia recusam os serviços de saúde a famílias pequenas. Já estou a imaginar a triagem: «Pai, mãe e filho? Só? Não é preciso médico de família, há poucas probabilidades de precisarem de serviço médico. Só as famílias grandes é que precisam. Vivem atafulhadas, alimentam-se de pouco, tossem uns para cima dos outros. Médicos só para as famílias grandes!»
E que não adoeçam todos de uma vez que o Sótôr não se pode demorar que tem já gente à espera em casa e ganha muito mais.

Nestas alturas o que eu gostava que os pais dos ministros vivessem em recônditas aldeias do interior e tivessem de visitar amiúde as unidades de saúde mais próximas*...
(*entendamos próximas na definição que o dicionário da Universidade Independente lhe atribui: «longe, muito longe da realidade»)

quinta-feira, março 15, 2007

sim, sô guarda!

Ó, desculpe, isso é meu!!
(Havia de ser bonito se eu chegava dois minutos depois. Carro pendurado, escrita em dia. «Quem incomoda, incomoda-se». Nojentos!)

Ai e tem de pagar.
Não tenho cheques aqui, pago com multibanco.
Ai não temos. Tem de levantar.
Onde?
Só um momento, chamamos um carro patrulha, e leva-a ao multibanco mais próximo, não se importa, pois não?
E quê? posso tirar uma foto para mostrar mais tarde aos netos com uma história toda rocambolesca a colorir? Não? Pronto, eu vou na mesma.

Multibanco a acompanhar era o mínimo não?
Tesos, sim, quase todos somos. Na carteira, então, vivinho, como a sardinha do 'noss'mari, salvo raros capitalistas, carteiristas e propagandistas, somos todos.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Em busca do arco-íris

O amor, a amizade, o trabalho, a saúde, a família, o sonho e a paz aparecem não se sabe bem como.
Cada um com as suas características dá algum contentamento às pessoas em que se vai sediando. Multiplicam-se. Quando se encontram, formam pequenas sociedades que aumentam a alegria numa proporcionalidade directa.

Às vezes acontece que se encontram todos, como num casamento de uma prima afastada. Bem aproveitadas as oportunidades, formam uma sociedade chamada felicidade e crescem juntos, e conseguem passar todas as coisas boas para os outros, mesmo os que não foram ao casamento da prima.

Uma empresa mostra crescimento quando se multiplicam as delegações.

sábado, fevereiro 17, 2007

Um amigo? Sim, Obrigada

amigo da onça
o roque e a amiga
amigo de infância
amigo colorido
amigo do peito
um ombro amigo
uma palavra amiga
amigo de Peniche
o melhor amigo
com amigos assim...
um livro é um amigo
o cão é o melhor amigo do Homem
.
No que diz respeito à amizade o conceito faz lembrar a frase feita sobre a farmácia e deixa um largo espectro à noção de relatividade. Por isso é tão recorrente em provérbios, frases feitas e expressões idiomáticas, a mostrar que os amigos não só são para as ocasiões, mas que também há amigos para todo o tipo de ocasiões.
Falávamos há alguns meses que as amizades que se pretendem duradouras têm de ser cuidadas como quaisquer outros laços pretensamente mais importantes. Não me lembro de ninguém que tenha sido feliz sem amigos.
E por isso dizias ontem que não havia nada de fantástico na tua vida agora mas que te estavas a divertir muito, entre risos, copos quase vazios, pés cansados e muita anca requebrada.
.
«Ficas para sempre responsável por aqueles a quem cativas»*.
.
* O Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry

terça-feira, fevereiro 13, 2007

AsFIXia-ME

Não posso deixar de partilhar um recado que li esta semana.
Um entre tantos (mesmo tantos) textos de ler e reler e a cada leitura ler diferente.

«Recado escrito num papel rosa

Não fugi.
Fui só às compras.
Não sei porque não fujo, talvez porque não posso.
Não sei porque volto. Talvez porque precise.
Espera por mim que eu volto, enquanto puder.
Mas quando eu fugir, vai atrás de mim
e faz-me sentir amada.»

PAIXÃO, Pedro, Asfixia, Quetzal Editores, 2006, p.25


É bom ter hobbies que nos trazem prazeres assim.

terça-feira, janeiro 30, 2007

Faz hoje um ano V

Também há quem lhe chame o prato do dia de ontem. Alguns pratos até me sabem melhor depois... Há coisa de um ano saiu o seguinte escrito. Considerem-no partilhado.



Pôr a mão no bolso


Temos o estranho feitio de só dar a importância às coisas depois de as maturarmos perdidas. Foi assim que aconteceu com o meu avô, foi assim que aconteceu com a minha amiga. Não que tenha nisso alguma culpa, mas só depois de se porem num nível a que não mais é possivel ceder reparei a falta que me faziam. O conforto em saber que estavam lá.
Às vezes temos ouro nos bolsos e não sabemos.

Às vezes sabemos e não podemos desfrutar da riqueza que possuímos. Não por ter os olhos vendados: o facto de termos os olhos cerrados não significa que não consigamos ver para lá do muro. Nem por estar de nariz tapado: a constipação mais mental imaginável não nos impede de saber que situações «não nos cheiram», nem nos impede de sentir aquele cheiro confortável de quem nos facilita a vida só com um sorriso. Nem por causa da boca fechada: as palavras servem de muito pouco até, no que diz respeito à constatação do ouro que nos faz falta, há tanta coisa que nos denuncia mais do que as palavras: o telefonema que se evita, o reler e reler da mensagem que não houve coragem para mandar, o rodar da cabeça para depois não conseguir expulsar os pensamentos...
Às vezes não podemos desfrutar porque... Bem, talvez não tenhamos que saber a razão.

Talvez um anúncio: Pepita dourada procura garimpeiro de fé.
(Talvez só com fé mesmo...)

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Então e hoje, posso estar doente?

Talvez seja da água. Entre amigos, colegas de trabalho e alunos, e familiares de uns, outros e aqueloutros, na última semana houve baixas suficientes para fazer levantar a bandeirinha branca em qualquer frente de batalha.
Ora eu, que sou vaso ruim e, portanto, não me vou abaixo por dá cá aquela gripe, resisti... Até que a febre me mandou para a cama precocemente no Sábado por volta das três, praticamente à hora da cinderela. Num Sábado!! Sábado não é dia para estar doente! Para compensar no Domingo só me levantei para dois episódios irrefutáveis da biologia. Mas hoje, Segunda-feira, não é dia para estar doente. Quer dizer... pelo menos não para mim, que trabalho a recibos verdes...
No entanto, cheguei a casa e visto o frio que se sentia e a minha dor de cabeça ameaçadora, e a tosse que me faz corcunda a cada trinta segundos, e o pingo no nariz a uma velocidade de 20 pl/h (pacotes de lenços por hora), dei-me ao luxo de avisar uma explicanda que hoje estava doente, de cama, impossibilitada de dar explicações, ao que me foi respondido depois de chamadas insistentes «mas eu tenho teste amanhã». Não respondi.
Estou doente. Posso, não posso?

encerrado para obras

Pois...
O blogger esteve encerrado para obras, ao que parece andaram a mudar as trouxas...
O único problema é que eles procuraram novos aposentos reais e aqui a princesa é que ficou sem-abrigo, com este tempo, nao se faz... vai daí e pumba! Constipei-me!

P.S.:Agora que já tenho outra vez a chave de casa posso vir cá mais amiúde.