terça-feira, fevereiro 27, 2007

Em busca do arco-íris

O amor, a amizade, o trabalho, a saúde, a família, o sonho e a paz aparecem não se sabe bem como.
Cada um com as suas características dá algum contentamento às pessoas em que se vai sediando. Multiplicam-se. Quando se encontram, formam pequenas sociedades que aumentam a alegria numa proporcionalidade directa.

Às vezes acontece que se encontram todos, como num casamento de uma prima afastada. Bem aproveitadas as oportunidades, formam uma sociedade chamada felicidade e crescem juntos, e conseguem passar todas as coisas boas para os outros, mesmo os que não foram ao casamento da prima.

Uma empresa mostra crescimento quando se multiplicam as delegações.

sábado, fevereiro 17, 2007

Um amigo? Sim, Obrigada

amigo da onça
o roque e a amiga
amigo de infância
amigo colorido
amigo do peito
um ombro amigo
uma palavra amiga
amigo de Peniche
o melhor amigo
com amigos assim...
um livro é um amigo
o cão é o melhor amigo do Homem
.
No que diz respeito à amizade o conceito faz lembrar a frase feita sobre a farmácia e deixa um largo espectro à noção de relatividade. Por isso é tão recorrente em provérbios, frases feitas e expressões idiomáticas, a mostrar que os amigos não só são para as ocasiões, mas que também há amigos para todo o tipo de ocasiões.
Falávamos há alguns meses que as amizades que se pretendem duradouras têm de ser cuidadas como quaisquer outros laços pretensamente mais importantes. Não me lembro de ninguém que tenha sido feliz sem amigos.
E por isso dizias ontem que não havia nada de fantástico na tua vida agora mas que te estavas a divertir muito, entre risos, copos quase vazios, pés cansados e muita anca requebrada.
.
«Ficas para sempre responsável por aqueles a quem cativas»*.
.
* O Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry

terça-feira, fevereiro 13, 2007

AsFIXia-ME

Não posso deixar de partilhar um recado que li esta semana.
Um entre tantos (mesmo tantos) textos de ler e reler e a cada leitura ler diferente.

«Recado escrito num papel rosa

Não fugi.
Fui só às compras.
Não sei porque não fujo, talvez porque não posso.
Não sei porque volto. Talvez porque precise.
Espera por mim que eu volto, enquanto puder.
Mas quando eu fugir, vai atrás de mim
e faz-me sentir amada.»

PAIXÃO, Pedro, Asfixia, Quetzal Editores, 2006, p.25


É bom ter hobbies que nos trazem prazeres assim.