quinta-feira, setembro 28, 2006

It's a kind of magic!


Mochila às costas e «argent» q.b. para enganar o estômago no restaurante de gastronomia tradicional cá da terra, com aquele M de Portugal enorme em amarelo (com tudo o que tradicional tem de relativo, eu sei). Ora, como dizia, mochila, argent e o belo do bilhete de avião, bus e o «voucher» do hotel, lá fui. Às sete no aeroporto Sá Carneiro, às oito no avião, ao meio-dia em paris, às cinco no hotel (e sim, foi sempre seguido), às seis no parque, finalmente (fecha às oito). Olha-se à volta e já não interessa NADA o tanto que se andou e esperou e carregou e «demandou». Absolutamente lindo. Não lindo de estética. Quer dizer... não só! Lindo de magia mesmo.
Toda a gente bem-disposta, um monte de crianças em ponto normal e em ponto grande. Até eu! Bem, eu não era uma criança em ponto grande... Mas pronto! O staff é uma simpatia pegada, quer nos parques quer nos hotéis. Pensando bem, só o segurança do aeroporto não foi simpático. É assim tão grave eu ter uma tesoura de bico e uma faca de serra na mochila? Chama-se a isto ser uma mulher prevenida! Uma tristeza: gente sem ponta de magia na vida!

terça-feira, setembro 26, 2006

Faz hoje um ano II

A vida é bela
Nova segunda-feira, mais um dia como os outros.

Consegui chatear-me com meia dúzia de pessoas, ainda que elas não saibam. O poder do disfarce é fantástico. Estar com uma pessoa na mesa do café e contar-lhe todos os nossos segredos públicos até evita que nos passem um atestado de antipatia e arrogância. Quanto menor for a mesa do café, mais fácil se torna falar sobre coisas que realmente existam sem nos preocuparmos com o que os outros pensam, ou preocuparmo-nos em dar-lhes o que eles esperam ouvir de nós.

Se eu dissesse tudo o que penso, nao falava com ninguém. Quer dizer... até falava com alguns daquela mesa de café, outros não entenderiam. mas como o Homem é um animal social, que vive pelas relações que constrói e mantém, temos de manter as boas e polvilhá-las de outras indiferentes e até guardar, para crescer, as piores, autênticas molas de projecção pessoal e social.

Há dias assim, correm bem... dos maus nao vale a pena falar. nem é preciso, esses ficam...




Curioso como a mesa de café rodou, diminuiu e cresceu... Até a mesa do café e o próprio café são diferentes. Acho que até a marca do café. Eles dizem que os finos pelo menos são melhores. Dos amigos e/ou sócios do café, ficaram alguns. Para um ou outro não tenho sequer definição apropriada... Para o ano digo quantos alinham na 3ª época.

terça-feira, setembro 19, 2006

Faz hoje um ano I

Há exactamente um ano atrás estreava-me eu numa espécie de blog: o msn space. Foi assim mesmo, na altura era segunda e não terça, mas a moral é mais ou menos como a de hoje...

Blue Monday

Passamos o domingo a temer a desesperada segunda-feira para depois repararmos que não.. nada foi como esperávamos... a segunda-feira afinal nao é má:

tenho de me levantar um bocadito cedo para fugir ao trânsito ou para não me atrasar apanhando-o, mas não é má;
vou pela auto-estrada num carro com vidros eléctricos avariados e sem via-verde, o que quer dizer que a cada portagem faço stand-open-door-comedy, mas não é má;
dou três voltas ao parque de estacionamento antes de perder a paciência e deixar a relíquia em cima de um passeio, praticamente em frente ao posto da PSP, mas não é má;
chego à secretária, encontro-a carregada de documentos que não são meus, o telefone cheira a colónia barata e atendo uma chamada que é para a pessoa que esteve lá antes, e que eu não consigo descobrir de entre as tantas que lá passaram, só desta vez, a julgar pela variedade de vestígios deixados, mas não, a segunda-feira não é má;
o chefe está mal-disposto, como sempre, mas ninguém o manda escolher um clube que assume a cauda do campeonato, mas a segunda não é má;
vou almoçar sozinha e mesmo assim é difícil encontrar mesa, mas não é má;
volto para o trabalho e entre berros que saltam das secretárias ao lado, vou ouvindo algumas recusas e duas reuniões desmarcadas, o sr. silva mudou de ideias, ja não está interessado, e a direcção da clínica decidiu adiar a decisão, mas não é má;
volto para casa e como saio à mesma hora que os outros chego mais tarde do que eles, mas nao é má.

Não, a segunda não é má, é como os outros dias.

O problema é o fim de semana ser bom. Esse é que é o problema.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Areia e Sal


Vim ontem de férias e juro que não consigo perceber as pessoas que entram em casa e dizem: «Já tinha saudades». DE QUÊ?
Eu cá dou-me muito bem com o levantar cedo se tiver uma varanda de frente para a praia. Sair da cama para ir buscar pãozinho fresco não me aborrece nada se puder fazer o pequeno-almoço enquanto ouço as ondas a chamar por mim. A água fria não me chateia, mesmo quando não estava a contar com ela nas costas. Não poder parar 5 minutos na toalha vale-me um bronzeado homogéneo e exercício físico em paralelo, e pode até proporcionar as entradas ou o próprio almoço do dia seguinte.
Pequeno-almoço ainda ensonado, almoço caseiro, lanche na esplanada ou na praia, e um jantar de peixe (por quem sabe) enche-me as medidas.
Cheguei até à conclusão que a falta de computador e Internet na casa de praia é das melhores vantagens que o espaço pode oferecer, melhor sentar no chão e jogar às cartas. Melhor fazer desenhos. Melhor contar histórias. Melhor fazer história(s).
Não, não tinha saudades…