Também há quem lhe chame o prato do dia de ontem. Alguns pratos até me sabem melhor depois... Há coisa de um ano saiu o seguinte escrito. Considerem-no partilhado.
Pôr a mão no bolso
Temos o estranho feitio de só dar a importância às coisas depois de as maturarmos perdidas. Foi assim que aconteceu com o meu avô, foi assim que aconteceu com a minha amiga. Não que tenha nisso alguma culpa, mas só depois de se porem num nível a que não mais é possivel ceder reparei a falta que me faziam. O conforto em saber que estavam lá.
Às vezes temos ouro nos bolsos e não sabemos.
Às vezes sabemos e não podemos desfrutar da riqueza que possuímos. Não por ter os olhos vendados: o facto de termos os olhos cerrados não significa que não consigamos ver para lá do muro. Nem por estar de nariz tapado: a constipação mais mental imaginável não nos impede de saber que situações «não nos cheiram», nem nos impede de sentir aquele cheiro confortável de quem nos facilita a vida só com um sorriso. Nem por causa da boca fechada: as palavras servem de muito pouco até, no que diz respeito à constatação do ouro que nos faz falta, há tanta coisa que nos denuncia mais do que as palavras: o telefonema que se evita, o reler e reler da mensagem que não houve coragem para mandar, o rodar da cabeça para depois não conseguir expulsar os pensamentos...
Às vezes não podemos desfrutar porque... Bem, talvez não tenhamos que saber a razão.
Talvez um anúncio: Pepita dourada procura garimpeiro de fé.
(Talvez só com fé mesmo...)
Às vezes temos ouro nos bolsos e não sabemos.
Às vezes sabemos e não podemos desfrutar da riqueza que possuímos. Não por ter os olhos vendados: o facto de termos os olhos cerrados não significa que não consigamos ver para lá do muro. Nem por estar de nariz tapado: a constipação mais mental imaginável não nos impede de saber que situações «não nos cheiram», nem nos impede de sentir aquele cheiro confortável de quem nos facilita a vida só com um sorriso. Nem por causa da boca fechada: as palavras servem de muito pouco até, no que diz respeito à constatação do ouro que nos faz falta, há tanta coisa que nos denuncia mais do que as palavras: o telefonema que se evita, o reler e reler da mensagem que não houve coragem para mandar, o rodar da cabeça para depois não conseguir expulsar os pensamentos...
Às vezes não podemos desfrutar porque... Bem, talvez não tenhamos que saber a razão.
Talvez um anúncio: Pepita dourada procura garimpeiro de fé.
(Talvez só com fé mesmo...)