quinta-feira, março 29, 2007

A Saúde está doente... e independente

Não, não acontece só aos outros.
Não me agradam as notícias das filas de espera, as manobras de pseudo-baixa de preços dos medicamentos, o fecho de maternidades, de SAPs e de unidades de apoio à saúde em geral.
Curioso como fecha tudo, mas as farmácias continuam a nascer como cogumelos no orvalho. Deve ser uma espécie de lei da compensação. Como não posso pedir aconselhamento, aconselho-me eu e que uma força de maior poder me auxilie.

Tenho em crer que a seguir esta política de que 'pouca gente não vale uma unidade de saúde aberta' qualquer dia recusam os serviços de saúde a famílias pequenas. Já estou a imaginar a triagem: «Pai, mãe e filho? Só? Não é preciso médico de família, há poucas probabilidades de precisarem de serviço médico. Só as famílias grandes é que precisam. Vivem atafulhadas, alimentam-se de pouco, tossem uns para cima dos outros. Médicos só para as famílias grandes!»
E que não adoeçam todos de uma vez que o Sótôr não se pode demorar que tem já gente à espera em casa e ganha muito mais.

Nestas alturas o que eu gostava que os pais dos ministros vivessem em recônditas aldeias do interior e tivessem de visitar amiúde as unidades de saúde mais próximas*...
(*entendamos próximas na definição que o dicionário da Universidade Independente lhe atribui: «longe, muito longe da realidade»)

quinta-feira, março 15, 2007

sim, sô guarda!

Ó, desculpe, isso é meu!!
(Havia de ser bonito se eu chegava dois minutos depois. Carro pendurado, escrita em dia. «Quem incomoda, incomoda-se». Nojentos!)

Ai e tem de pagar.
Não tenho cheques aqui, pago com multibanco.
Ai não temos. Tem de levantar.
Onde?
Só um momento, chamamos um carro patrulha, e leva-a ao multibanco mais próximo, não se importa, pois não?
E quê? posso tirar uma foto para mostrar mais tarde aos netos com uma história toda rocambolesca a colorir? Não? Pronto, eu vou na mesma.

Multibanco a acompanhar era o mínimo não?
Tesos, sim, quase todos somos. Na carteira, então, vivinho, como a sardinha do 'noss'mari, salvo raros capitalistas, carteiristas e propagandistas, somos todos.